terça-feira, 27 de novembro de 2012

O país onde há cada vez mais de tudo

«Há cada vez mais velhos abandonados nos hospitais. Há cada vez mais crianças abandonadas nos hospitais. Há cada vez mais animais abandonados. Há cada vez mais meninos que vão para a escola sem terem tomado o pequeno-almoço. Há cada vez mais pessoas a ter de entregar a casa ao banco por não conseguirem pagar a prestação. Há cada vez mais gente desempregada. Há cada vez mais gente a alimentar-se de papas. Há cada vez mais gente a levar um tupperware com comida para o emprego. Há cada vez mais restaurantes a fechar as portas. Há cada vez mais pessoas a fumar tabaco de enrolar. Há cada vez mais pessoas a pedir esmola nas ruas. Há cada vez mais pessoas a recorrer às Misericórdias e ao Banco Alimentar contra a Fome. Há cada vez mais pessoas a não tratar dos dentes. Há cada vez mais pessoas a não ir ao médico. Há cada vez mais casos de tuberculose. Há cada vez mais casos de tosse convulsa. Há cada vez mais casos de dengue na Madeira. Há cada vez mais pessoas a deixar de comprar jornais e revistas. Há cada vez mais pessoas a andar de transportes públicos. Há cada vez mais pessoas a emigrar.»
Nicolau Santos, «O país onde há cada vez mais de tudo» (Jornal Expresso)

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Paul Krugman. Era possível acabar com esta crise já. Se “eles” quisessem

"Nestes últimos três anos caiu-nos uma depressão em cima da cabeça, e o que fizemos? Procurámos culpados. O “viver acima das nossas possibilidades” e “os malefícios do endividamento” são duas cantigas populares dos últimos anos. E, no entanto, antes de a crise ter rebentado na América e de se ter propagado à Europa, o nível de endividamento de alguns dos países do sul da Europa, como Portugal e Espanha, tinha vindo a reduzir-se. Os gráficos estão lá e mostram que sim (como mostram que o gigante alemão também está fortemente endividado). Mas porque é que as pessoas não querem acreditar nisto? Nem sequer apreender o facto de terem sido “praticamente todos os principais governos” que, “nos terríveis meses que se seguiram à queda do banco de investimento Lehman Brothers, concordaram em que o súbito colapso das despesas do sector privado teria de ser contrabalançado e viraram-se então para uma política orçamental e monetária expansionista num esforço para limitar os danos”? A Comissão Europeia e a Alemanha estavam “lá”. E, de repente, tudo mudou."
Artigo completo aqui.

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

"Isto é um bombardeamento fiscal"

Reacção do PP aos últimos desmandos do nosso querido governo. Hilariante.

"Não me digam que o aumento de impostos é inevitável e que a despesa é incompressível", disse Portas, considerando que o corte da despesa pública "é o caminho certo para Portugal não correr riscos".

"Nenhuma das medidas toca nas questões estruturais da despesa" e "não há garantia que o Estado não fique na mesma um ano e meio depois".

Lido aqui

terça-feira, 18 de setembro de 2012

As Luzes de Maria Teresa Horta




«Não recuso o prémio que me enche de orgulho e satisfação, recuso recebê-lo das mãos do primeiro-ministro, que está determinado a destruir tudo aquilo que conquistámos com o 25 de Abril, e as grandes vítimas têm sido até agora os trabalhadores, os assalariados, a juventude que ele manda emigrar calmamente, como se isso fosse natural. Sempre fui uma mulher coerente. As minhas ideias e aquilo que eu faço têm uma coerência. Na realidade eu não poderia, com coerência, ficar bem comigo mesma, receber um prémio literário que me honra tanto [...] das mãos de uma pessoa que está empenhada em destruir o nosso país.»

Juro que tenho o livro, li-o todinho e gostei muito.

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

A Criação de Emprego - Uma visão interessante



Lido aqui.

Porque Há Alternativas

Caro/a subscritor/a do Congresso Democrático das Alternativas,

Ontem, 15 de Setembro, centenas de milhares de pessoas saíram à rua por todo o país para manifestar a sua indignação com o reforço das medidas de austeridade anunciadas nas últimas semanas. Cada vez mais portugueses e portuguesas concluem que a estratégia inscrita no Memorando de Entendimento, cuja implementação ultrapassou todos os limites do tolerável, é um caminho sem saída.
Manifestar a nossa indignação é uma obrigação democrática. Mas é preciso mais. É preciso ajudar a construir o futuro!
O Congresso Democrático das Alternativas, nos termos do texto que o convoca (que enviamos em anexo), propõe-se mobilizar as energias e identificar os denominadores comuns entre todos os que estão disponíveis para juntar forças e assumir a responsabilidade de resgatar o País.
Contribua para o sucesso do Congresso. Divulgue, colabore, participe (veja como pode fazê-lo no final desta mensagem).

Saudações democráticas,

A Comissão Organizadora


Como pode contribuir para o sucesso do Congresso

1. Envie um email ou contacte pessoalmente aqueles que possam rever-se nos propósitos da iniciativa, convidando-os à subscrição da Convocatória (o que pode ser feito em http://subscrever.congressoalternativas.org) e à participação no processo de construção do Congresso.

2. Divulgue o Congresso, o seu sítio web (http://www.congressoalternativas.org/) e a página do facebook (http://www.facebook.com/pages/Congresso-Democratico-das-Alternativas/320693794685218) junto dos seus contactos e redes sociais (via email, blogs, Facebook, Twitter, etc.).

3. Imprima cópias da Convocatória (que enviamos em anexo), do cartaz e do folheto do Congresso (disponíveis aqui http://www.congressoalternativas.org/p/materiais.html), colocando-os nos seus locais de trabalho e convívio, e distribuindo-os em todas as situações que lhe pareçam adequadas.

4. Contribua para a elaboração do Projecto de Declaração do Congresso, enviando textos da sua autoria que contribuam para o debate temático nas várias áreas (ver http://www.congressoalternativas.org/p/debates-tematicos.html) ou convidando outros a participarem com as suas ideias e propostas.

5. Contribua, na medida das suas possibilidades, para o suporte financeiro do Congresso, cuja organização depende exclusivamente do trabalho voluntário e do contributo dos seus apoiantes. Os donativos individuais podem ser feitos por transferência para a conta bancária constituída para o efeito com o NIB 0035 0081 00103231 030 49. Toda a informação sobre receitas e despesas do Congresso estará disponível do site (em http://www.congressoalternativas.org/p/donativos.html).

6. Marque a sua presença e participe activamente no Congresso no dia 5 de Outubro, que terá lugar durante todo o dia na Aula Magna da Universidade de Lisboa. Por motivos logísticos, a participação no dia 5 de Outubro está sujeita a inscrição prévia através do site do Congresso. O início das inscrições será brevemente anunciado.
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CONGRESSO DEMOCRÁTICO DAS ALTERNATIVAS
Resgatar Portugal para um Futuro Decente
5 de outubro - Aula Magna - Lisboa

sábado, 15 de setembro de 2012

MANIFESTAÇÃO CONTRA A ESTUPIDEZ


«PORQUÊ IR À MANIFESTAÇÃO NO SÁBADO?»

«
  1. Porque o plano de redução do défice português é o que mais prejudica os pobres em comparação com os planos em vigor dos outros países intervencionados.
  2. Porque as excepções nos cortes dos subsídios e benefícios se acumulam entre uma pequena elite de privilegiados com ligação ao Governo.
  3. Porque um Governo sem pressão popular se acomoda às soluções mais fáceis, em vez de escolher as que menos prejudicam os cidadãos.
  4. Porque embora exista um problema, um buraco, chame-lhe o que quiser, nunca existe apenas um caminho para sair dele, excepto por efeito da arrogância do poder.
  5. Porque a intervenção na TSU, ao transferir riqueza dos trabalhadores para as empresas, simboliza o desprezo deste Governo pelos cidadãos, em particular os mais vulneráveis.
  6. Porque a imobilidade da opinião publica foi responsável por muitos dos erros cometidos pelos governos que elegemos em trinta e tal anos de democracia.
  7. Porque uma perspectiva blasé do confronto democrático é a doença infantil da nossa “opinião esclarecida”.
  8. Porque manifestar-se não é ser esquerdista, estalinista, índio pé-sujo, tocador de djambé, altermundialista de passa-montanhas, imbecil ou terrorista.
  9. Porque se você não fizer uma coisa, alguém de quem não gosta a fará.
  10. Porque até a doutora Manela vai lá estar (ok, eu também não acredito).
Amanhã você tem o direito de se armar em ironista chique, em esteta que abomina a loucura do mundo e em velho sábio da montanha. Mas também tem o direito de se manifestar e não deve sentir-se condicionado por quem despreza esse direito.
Eu não sinto, e vou estar lá.»

Luis M. Jorge

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Mais que amigos

Apesar do resgate, juros de Espanha e Itália de novo em alta
 
 E porque só a fé nos pode salvar, uma cançoneta dos Anjos do dito.

domingo, 27 de maio de 2012

Em seguida levaram alguns operários

Primeiro levaram os comunistas,
 Mas eu não me importei
 Porque não era nada comigo. Em seguida levaram alguns operários,
 Mas a mim não me afectou
 Porque eu não sou operário. Depois prenderam os sindicalistas,
 Mas eu não me incomodei
 Porque nunca fui sindicalista. Logo a seguir chegou a vez
 De alguns padres, mas como
 Nunca fui religioso, também não liguei. Agora levaram-me a mim
 E quando percebi,
 Já era tarde. (Bertolt Brecht)

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Entretanto, numa Grécia perto de si

"O Governo de Tsolakoglou aniquilou qualquer possibilidade de
sobrevivência para mim, que tinha como base uma pensão muito digna
que paguei, por minha conta, sem qualquer ajuda do Estado, durante 35
anos. E dado que a minha idade avançada não me permite reagir de
forma diferente (mas se um compatriota grego pegasse numa
Kalashnikov, eu apoiá-lo-ia) não vejo outra solução a não ser
acabar com a minha vida deste modo digno, para não ter que terminar
rebuscando nos contentores do lixo, para poder sobreviver. Creio que
os jovens sem futuro vão dia vai pegar em armas e pendurar de cabeça
para baixo os traidores deste país na Praça Syntagma , como os
italianos fizeram com Mussolini em 1945. "

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

O Passos não nos mandou emigrar?

Olha, este já mandou os impostos irem andando para o offshore...



Noticia e foto do Expresso

Tambem aqui