sábado, 3 de abril de 2010

Quim Roscas e Zeca Estacionancio

Ler este post escrito com muita piada por um colega e amigo, fez com que me recordasse de alguns daqueles “tótós” a que alude. Sim, porque o “totó” (seja lá isso o que for) está presente na vida de todos, se não na 1ª pessoa, pelo menos muito perto. E vejamos o que se poderá entender por “totó”.
Todos nós tivemos aquele amigo de infância a quem mandávamos à caça de gambuzinos, não tivemos? Seria esse o verdadeiro “totó”? E aqueles que estão sempre dispostos a “engolir” todo o tipo de patranhas com o ar mais natural do mundo? Se lhes disserem que existem árvores que dão azeitonas brancas e outras que dão azeitonas pretas, não duvidam e até são capazes de afirmar que têm uma de cada no quintal lá de casa. Sim, porque estes, têm sempre uma experiência pessoal (que, por conseguinte, não pode ser rebatida) que corrobora o que foi dito. Sempre com aquela “cara-de-pau” típica. Não sei, agora a coisa começa a complicar-se. Afinal, onde acaba a “tótózisse” e começa a ignorância? Ou a “esperteza”, ou a “jactância” pura e simples? Ou mesmo o “pretensiosismo” mais bacôco? Ou a cobardia?
Qual é o sentimento típico que nos desperta o “tótó”? Pena? Irritação por não se vislumbrar nele capacidade para interagir com a estupidez, força para impôr uma ideia sua?
Por mim não sei, talvez apenas um encolher de ombros, não de desprezo, mas de reconhecimento no outro do verdadeiro ”tótó” que existe em nós, sempre alerta, sempre pronto a atacar, que nos leva até a escrever coisas como este texto mal-amanhado, despretensioso, humilde,sereno, quiçá banal , mas acima de tudo, como se vê pela sucessão de adjectivos, verdadeiramente “TÓTÓ”.

quinta-feira, 1 de abril de 2010