sábado, 9 de julho de 2011

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Faço minhas as suas palavras

"Os que, como de costume, se apressaram a exibir as suas certezas sem precisarem de mais do que a palavra de uma pessoa são pessoas perigosas. São elas as responsáveis pela multiplicação de julgamentos mediáticos que põem o futuro de pessoas, de países e de organizações nas mãos de gente sem escrúpulos. São elas que pressionam os tribunais para mandarem prender inocentes. São elas que não hesitam em acusar de "cumplicidade" todos os que pedem o mais elementar dos direitos: o de um julgamento sério com todas as garantias.


Caso a culpa de Strauss-Kahn se confirme, terá valido a pena esperar pelas provas necessárias. Caso a sua inocência se confirme, não regressará, com toda a certeza, para a direção do FMI e, se as coisas demorarem demasiado tempo, terá perdido as eleições presidenciais francesas. Em Portugal, já vivemos um episódio semelhante a este. Ao ler e ouvir os justiceiros do costume, perguntei-me se aprendemos alguma coisa com o passado. E imaginei o que aconteceria a Strauss-Kahn se a coisa fosse em Portugal e ele tivesse de esperar anos para ouvir uma sentença."