quinta-feira, 22 de julho de 2010

Inception - o filme do dia

INCEPTION/DECEPTION



Tão mauzinho que apetece pedir o dinheiro do bilhete de volta? Talvez. O máximo que se poderá dizer de Inception é que aquí e alí consegue ser ligeiramente interessante. Sempre, mas sempre, acreditem, é emocionalmente “flat”. Não há nada que a personagem de DiCaprio faz no fim que ele não poderia ter feito no início da história. Simplesmente passa por um monte de confusões, enredos patéticos que somam muitas sequências de acção (algumas bem amanhadas) à procura de um filme (que poderiam ser, muito bem, três filmes). A história é desnecessariamente complicada, com os seus vários níveis de sonhos. Perde-se tanto tempo a tentar entender o que se passa no ecrãn, que não nos apetece, nem conseguimos, sentir qualquer tipo de emoção. Temos a noção exacta que tudo não passa de truques de computador. E nós alí, ( os que não tiveram coragem de saír mais cedo ) a rezar para que a carrinha caia depressa.
Deception.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

A racionalidade dos meios e a irracionalidade dos fins

Faz uns anos largos que lí um livro, desaparecido entretanto na espuma dos tempos e das mudanças, cujo tema era, "A racionalidade dos meios e a irracionalidade dos fins". Neste livro, o autor, que não sei quem é, defendia a tese de que, na nossa sociedade, a par do aumento óbvio e objectivo da racionalidade dos meios ( científicos, artísticos, etc. ) aumentava também a irracionalidade do seu produto final. Embora não seja a única literatura que se refere ao tema, já que Leonardo Boff escreveu bastante sobre o assunto, defendendo que a "racionalidade" foi instrumentalizada pelo poder.
Lembro-me sempre desta teoria, porque, realmente, os exemplos práticos abundam. Hoje, ao ler um artigo do Miguel Urbano Rodrigues, sublinhei uma passagem que diz assim: - " Nunca antes a humanidade dispôs de tanta informação, mas em época alguma esteve tão desinformada."
Se quiserem ler o artigo todo, vale a pena.
Em relação ao tema de fundo, hei-de escrever qualquer coisa, porque, descobrí à relativamente pouco tempo, que também se aplica a pessoas. Espero por exemplos vossos, mas tem pelo menos um ou dois que são a cara chapada.