Deserto de ideias
Temos de esquecer! Temos de partir para esquecer!
("Désert", Le Clézio)
terça-feira, 4 de agosto de 2015
sábado, 1 de agosto de 2015
quarta-feira, 1 de julho de 2015
quarta-feira, 20 de agosto de 2014
quarta-feira, 14 de agosto de 2013
quarta-feira, 31 de julho de 2013
A razoabilidade da mentira
" Como elenca Bauman:
– Podemos acreditar que o crescimento económico é a única maneira de lidar com os desafios do nosso tempo e resolver todos os problemas que a coabitação humana gera;
– Que o crescimento perpétuo do consumo ou o acelerar da rotatividade de novos objectos de consumo é a única, principal e mais efectiva forma de atingir a busca de felicidade humana;
– Que a desigualdade social é natural e que o ajustar da nossa vida humana a essa condição nos beneficia a todos, enquanto que tentar alterar os seus pressupostos é algo de negativo;
– Que a rivalidade (na sua dupla face do louvar dos ganhadores e a exclusão/degredo dos perdedores) é a base da justiça, sendo simultâneamente uma necessidade e condição suficiente de justiça social e reprodução da ordem social.
Mas acreditaremos nisso porque julgamos que podemos ter alguma hipótese de escapar dos 99% e ser recebidos de braços abertos entre os 1% que lucram com essas decisões?
Ou porque temos uma crença inabalável em que é mesmo assim, que o mercado (que somos nós todos também) nunca pode errar e, por isso, como o sucesso das medidas é óbvio não necessitam de ser provadas, que basta acreditar?
Ou porque nunca questionámos, mesmo: será que “eles” (seja quem “eles” sejam) realmente sabem o que fazem ou acreditam apenas que estão certos?
Se nos sentirmos bem num mundo onde podemos desprezar a cooperação, o mutualismo, a partilha, a confiança recíproca, o reconhecimento e respeito, então não podemos chamar mentiroso a quem nos oferece precisamente o que pretendemos, um mundo onde a salvação de 1% está garantida e onde o sonho da nossa vida é lá chegar e deixar pelo caminho todos quantos pudermos. Mas muito provavelmente um mundo assim irá rapidamente autodestruir-se pondo fim a esses “sonhos”.
Para lá das ideologias e da sua razoabilidade da mentira há (felizmente) a liberdade e a esperança. "
No Público
– Podemos acreditar que o crescimento económico é a única maneira de lidar com os desafios do nosso tempo e resolver todos os problemas que a coabitação humana gera;
– Que o crescimento perpétuo do consumo ou o acelerar da rotatividade de novos objectos de consumo é a única, principal e mais efectiva forma de atingir a busca de felicidade humana;
– Que a desigualdade social é natural e que o ajustar da nossa vida humana a essa condição nos beneficia a todos, enquanto que tentar alterar os seus pressupostos é algo de negativo;
– Que a rivalidade (na sua dupla face do louvar dos ganhadores e a exclusão/degredo dos perdedores) é a base da justiça, sendo simultâneamente uma necessidade e condição suficiente de justiça social e reprodução da ordem social.
Mas acreditaremos nisso porque julgamos que podemos ter alguma hipótese de escapar dos 99% e ser recebidos de braços abertos entre os 1% que lucram com essas decisões?
Ou porque temos uma crença inabalável em que é mesmo assim, que o mercado (que somos nós todos também) nunca pode errar e, por isso, como o sucesso das medidas é óbvio não necessitam de ser provadas, que basta acreditar?
Ou porque nunca questionámos, mesmo: será que “eles” (seja quem “eles” sejam) realmente sabem o que fazem ou acreditam apenas que estão certos?
Se nos sentirmos bem num mundo onde podemos desprezar a cooperação, o mutualismo, a partilha, a confiança recíproca, o reconhecimento e respeito, então não podemos chamar mentiroso a quem nos oferece precisamente o que pretendemos, um mundo onde a salvação de 1% está garantida e onde o sonho da nossa vida é lá chegar e deixar pelo caminho todos quantos pudermos. Mas muito provavelmente um mundo assim irá rapidamente autodestruir-se pondo fim a esses “sonhos”.
Para lá das ideologias e da sua razoabilidade da mentira há (felizmente) a liberdade e a esperança. "
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segunda-feira, 15 de julho de 2013
Sempre a brincar connosco
FMI diz que austeridade provoca mais desigualdade e desemprego de longo prazo
Estudo exibe resultados negativos de ajustamentos orçamentais em 17 países da OCDE entre 1978 e 2009. Refuta também a ideia de que cortes na despesa pública são mais benignos do que aumentos de impostos.
Noticia no Expresso
Estudo exibe resultados negativos de ajustamentos orçamentais em 17 países da OCDE entre 1978 e 2009. Refuta também a ideia de que cortes na despesa pública são mais benignos do que aumentos de impostos.
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segunda-feira, 20 de maio de 2013
Porque será que me apetece hoje o Pedro e o Resende?
Dúvida? Não. Mas, luz, realidade
- O de tornar maior esta cidade.
Eis o desejo que traduz a prece.
Só quem não sente o ardor da juventude
poderá vê-la, de olhos descuidados.
Porto – palavra exacta. Nunca ilude.
Renasce, nela, a ala dos namorados!
Deram tudo por nós estes atletas.
Seu trajo tem a cor das próprias veias
e a brancura das asas dos poetas…
Ó fé de que andam nossas almas cheias!
Não há derrotas quando é firme o passo.
Ninguém fale em perder! Ninguém recua…
E a mocidade invicta em cada abraço
a si mais nos estreita. A pátria é sua.
E, de hora a hora, cresce o baluarte!
Lembro a torre dos Clérigos, às vezes…
Um anjo dá sinal quando ele parte…
São sempre heróis! São sempre portugueses!
E, azul e branca, essa bandeira avança…
Azul, branca, indomável, imortal.
Como não pôr no Porto uma esperança
se “daqui houve nome Portugal”?
Poema «Aleluia» de Pedro Homem de Mello
Obra de Júlio Resende, «Ribeira Negra», no Porto
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